Esta canalização surgiu de uma experiência curiosa. Eu estava num momento de muita escrita, então a maior parte do tempo eu ficava sentada no meu sofá. Um dia eu estava na rua (um raro momento fora do sofá!) e ouvi um barulho alto. O espelho acima do meu sofá tinha-se partido e a fenda parecia uma chama, que eu pensei que fosse apenas uma coincidência interessante de como o vidro naturalmente se partiria.
Procurei soluções para arranjar o espelho que eu tinha há pouco mais de um ano, mas disseram-me que ficava mais barato comprar um novo. Então levei-o novamente à loja onde o comprei. O amável funcionário da loja só o substituiu porque eles ainda tinham um! Uma semana depois de o ter levado para casa, estava noutra divisão da casa e ouvi o barulho alto de algo a partir-se. O meu espelho tinha-se partido novamente. Esta fenda parecia mesmo uma rosa! A coincidência de dois espelhos a se partirem, especialmente durante os poucos momentos em que eu não estava sentada debaixo deles, era demais. Finalmente sentei-me e perguntei porquê e a canalização abaixo foi o que surgiu. Ainda tenho um espelho com uma fenda em forma de rosa. Pode perguntar porque é que a energia não surgiu logo para ser canalizada, isso é algo que pode acontecer. Porque agora eu tenho uma história interessante de espelhos para me lembrar do modo específico como a vida está a trabalhar connosco, como a sincronicidade está incluída em muito do que estamos a experimentar! Sou recordada de como a vida pode ser mágica e como os inconvenientes conduzem a interacções que dão sentido e brilho à vida. Que reflexo é a vida! Qualquer reflexo no espelho mostrará a mesmice através do oposto. O reflexo é uma mera pista e não uma definição, pois a ilusão não deve ser apenas vista, mas interpretada (percepção interna). É como funciona com um espelho. Quando se vê no espelho, está a aceder ao seu mundo interior de auto-percepção. É um momento de aprovação, desaprovação? As opiniões de outros podem temperar a percepção interior, mas na verdade é apenas a sua permissão ou aceitação da vontade de outra pessoa que determina a sua influência. Quando alguém interage compassivamente consigo e com os outros, a influência não mantém ou limita a percepção a certo ou errado, bom ou mau; a compaixão permite o fluxo interior para que a interacção dos outros sustente sem desgastar os alicerces saudáveis que nutrirão mais adiante a vida. Este é o caminho do relacionamento, associando-se não só com outras pessoas, mas também com animais, plantas, escolha, terra, clima, desafio. É convocado a detectar a mesmice e a diferença e a escolher o seu foco. Sabedoria e compaixão escolhem o foco que melhor serve a nutrição de todos. Assim, uma decisão que se sacrifica sobre outra, ou sacrifica outra sobre si mesma não foi compreendida através do reflexo a partir de uma perspectiva que serve a todos. O sacrifício é uma palavra que foi entorpecida ao longo dos anos, à medida que a Humanidade passou a acreditar que Deus precisa e recompensa o sacrifício. Será que isso não beneficiou aqueles que o rodeiam que aproveitaram o seu trabalho para seu lucro imediato? Será que serve para o crescimento interno de todos os envolvidos? O REFLEXO NÃO LHE ANUNCIARÁ A HISTÓRIA COMPLETA, É PARA PERCEBER INTERNAMENTE. É tarefa sua ver o panorama geral. Ver o mesmo, ver o oposto, ver a verdade não dita, ver o passado, ver o agora, ver o futuro. Este é o trabalho interno que a sabedoria requer e a compaixão facilita. O sacrifício foi confundido com o dar. Aqueles que dizem que é melhor dar do que receber, só vêem parte do panorama; passa-se o mesmo com a compreensão errónea de sacrifício. Quando dá ou recebe, está em escolha, pois a escolha é pesada a cada momento. É a escolha que permite o Amor, a força limita o Fluxo do Amor. Assim, o que é "força" na sua vida pode ser transmutado com a escolha de perdoar - permitir o Amor, desta forma, sim, é melhor (per)doar, mas vê o que recebe com isso? Recebe liberdade, invisível ao nível da forma, mas continuando a fluir, pois é a natureza do Amor fluir. Pela "verdade" do ditado "é melhor dar do que receber", seria egoísta receber a liberdade do perdão. Não só é igualmente bom dar como receber, mas ambos são vitais para o fluxo da vida. O sábio olha para além da imagem apresentada de dar e receber e percebe a intenção interior que não é expressa. Sabedoria e Compaixão A sabedoria é uma extensão de conhecimento que destila cada momento numa festa intemporal que sustenta o crescimento e o divertimento saudáveis. A sabedoria não ignora o benefício do passado, uma vez que tempera o agora, a Sabedoria também não alimenta um momento sem pensar no futuro. Como poderia o sabor ser melhorado neste momento no qual gerações de divertimento e melhoramento se irão desenvolver? Não é um sabor errado do passado, há perfeição no que é agora, simplesmente porque é. Não se preocupe nem se sacrifique pelo futuro, pois o futuro é mais do que capaz e valoriza o passado e o agora por gerar o ser. Sabedoria implica atenção a todos, mas é através da graça da compaixão que a informação flui. É a compaixão que abre perspectiva para o benefício e vê o progresso como natural. É a compaixão que leva a sabedoria a olhar para além do momento e para a totalidade, apreciando o pleno reflexo, não apenas uma mancha no momento. A compaixão permite que a escolha seja feita a partir da liberdade da neutralidade e a sabedoria constrói a base que sustentará tempos vindouros. Um momento fugaz e significativo com perfume. A Rosa A compaixão, A Rosa, não é completamente aprovadora. A sua vulnerabilidade é bastante óbvia, pois depende de outros para fornecer a nutrição necessária, pois não tem capacidade de caminhar até à água, construir um abrigo contra intempéries ou fugir de um predador. No entanto, agarre seu caule sem cautela respeitosa e será picado pelo espinho da lição. O seu perfume é dado livremente a qualquer um com uma pausa para absorver, suas pétalas macias aninham-se brilhantemente para prazer de qualquer um que decida contemplar. Não importa se o olhar é profanado com ciúmes, cobiça ou inocente. A compaixão conhece o perdão, mas mantém a segurança pessoal acima de tudo. A sua beleza não está escondida, mas segure-a e será picado. ESTA É A SABEDORIA DA COMPAIXÃO E A COMPAIXÃO DA SABEDORIA. Há uma partilha que A Rosa não irá guardar, pois partilhar nutre a sua própria vida - sendo o belo e delicado presente de prazer que é na vida. É o prémio de atenção para nutrir outro, e a recompensa pela paciência na estação de floração. Estes não precisam ser atributos de sacrifício, porquê trabalhar duro para a Rosa? Será que não lhe deve o cheiro, o desabrochar, o prazer? Então, como você determina que o trabalho de regar e de esperar valeu a fragrância fugaz ou a floração passageira? Este é o sacrifício de um mártir e não serve a ninguém. O Fluxo de partilha, embora invisível, está ofuscado. O Dragão O Dragão, de que modo A Rosa é o oposto. Animal, não planta; inteligente, não aborrecido; móvel, não parado; ano, não sazonal; livre, não amarrado; poderoso, não vulnerável. É uma criatura de lenda nestes dias, mas era real. O dragão ainda vive, pois não há vida que a humanidade tenha vontade para terminar; a extinção na Terra acontece apenas pela vontade de Deus - significando a co-criação entre o animal e Deus, pois eles não estão separados. Deus não dita nem aceita plenamente, pois esse é o dom da própria Vida. Força de vontade sobre resultados em desequilíbrio. Deus habita no invisível porque o invisível está em toda parte, quer dentro daquilo que está contido na forma quer naquilo que é um reconhecimento instantâneo fora do alcance da vista - que é sem forma. Assim, é o invisível que mantém o acordo e o invisível contém o tempo. Círculo completo Não há forma que não tenha escolhido, entendido o calendário da escolha e incorporado na forma para desdobrar essa escolha. A escolha, do que é sem forma, não está amarrada ao humor que limita. Tudo Conhece, e dentro desse Conhecer está o entendimento do benefício da escolha, ainda que pareça que para outras perspectivas a escolha é errada ou dolorosa. O que pode ferir alguém pode fazê-lo virar costas. Quando se vira, encontra um novo caminho, uma nova direcção, uma nova liberdade, uma nova coragem, uma nova escolha. A Rosa não ensinou isso? O que pode ferir alguém e fazê-lo virar costas não é oposto, é reflexo do mesmo. Pois aquele a quem você fere com compaixão, (limites saudáveis) vira-os para a liberdade deles e isso é reflectido de volta para si. A sabedoria vê o benefício, o bem maior que vive dentro do reino do livre-arbítrio e da escolha (invisível / Deus) e a escolha de interagir com a energia da "dor" é feita de forma compassiva, sábia e justa. O receber da dor é então para aquele que é sábio o suficiente para ver o presente nisso e se voltar para a liberdade em bênção. Por outro lado, aquele que você magoou com malícia, pelo momento de orgulho ou ganância, também reflecte isso de volta para si. Assim, vemos por que os cegos dizem que é melhor dar do que receber. Pois talvez se for uma interacção, não notará o resultado imediato. Mas o espelho não mente, apenas reflecte aquilo que está diante dele e a luz virá no tempo que o leva à sua mesma semelhança. Não é retribuição, mas o modo de vida. Dentro da separação deve haver autonomia e dentro da totalidade deve haver partilha. A vida é ambas. O Dragão parece tão desvinculado da Rosa que nem é comparável. Mas Toda A Vida é comparável para aqueles que perceberão o que está dentro, além do mero reflexo. É o dragão que representa a forma animal que controlava o poder do fogo. É o fogo que é uma poderosa ferramenta da alquimia porque transmuta através da combustão. A COMBUSTÃO É UMA MUDANÇA RÁPIDA. Você poderia considerar poder / domínio ao longo do tempo, não é? O Dragão entendeu o seu poder e tomou muito cuidado com a sua habilidade, pois o fogo pode ajudar ou magoar, e é a compaixão que dói pelo aperfeiçoamento de Todos. Assim tem que ferir um dragão para receber a dor do seu fogo. É uma lição de compaixão, pois quando é aprendida, um entende a respeitar o outro, e isso serve o bem maior. Os Dragões, na Verdade, eram tão doces quanto a Rosa; se não pelo cheiro, então pelo carácter. O Verdadeiro Poder dos Dragões não estava dentro do fogo. O fogo era apenas o que os cegos podiam ver. Os dragões entendiam o éter, o quinto elemento, aquele elemento naturalmente invisível que na maioria das vezes ilude a Humanidade até mesmo actualmente. A confusão para quem não vê é que a conquista é benéfica. A confusão para quem não vê é que a conquista é desporto. A confusão para quem não vê é que a conquista só prejudica a vítima. A confusão para quem não vê é que a conquista é uma prova de Poder. A confusão para quem não vê é que a conquista pode ser contida. Pode encontrar produtos químicos que funcionam como o fogo, mas o fogo é um elemento básico da Vida e, portanto, tem implicação além da forma. Isso quer dizer que não se limita à sua forma, pois é uma função. A terra não são apenas minerais, é sólida, a amálgama em forma. A água não é apenas fluída, é a Profundidade, a informação em expressão. O vento não é apenas a respiração, é o Doador de Vida / Animador / Movimento, a expressão no tempo. O fogo não é apenas calor, é Renovação, tempo em forma. O éter não é apenas vinculativo, é Unificação, a forma na totalidade. Consegue ver como o Dragão e a Rosa são Um? Diferentes na forma, mas forjados no mesmo fogo da Vida. Professores sábios e compassivos; um silencioso, um silenciado, mas eficaz para aqueles que olham para além do mero reflexo da forma e buscam o fluxo unificador do Amor. É esta a sua estação de floração? Este é um momento da sua sabedoria? Você dá para receber a admiração de Deus ou perdoa para permitir que o Amor de Deus flua livremente? Seja como a Rosa, emitindo livremente a fragrância da Doce Vida, linda na fisionomia da Magnífica Criação e disposta a espicaçar com sabedoria e compaixão que Toda a Vida aprende a respeitar com a força discreta. Seja como o dragão, livre com a terra, vento, água e fogo; tão compassivamente consciente do Verdadeiro Poder do Amor que perdoaria a Humanidade no chamamento da sua própria liberdade de escolha. Este Amor, é o éter que liga toda a vida; pois O Dragão sabe que não está separado da Humanidade, mas estar disposto a separar-se de dimensão é a escolha que serve ao bem maior. O Dragão não fugiu, então não se engane pois a sua Ascensão não foi a recompensa de libertação de toda a negatividade da Humanidade. Sacrificou-se no verdadeiro significado da palavra. Escolher a compaixão com tanta ousadia, pois a vida na Terra é menos importante do que o Fluxo da Vida através do Tempo. É apenas para o sábio ver. Só é revelado Internamente. Não tem relação com o amor de Deus. Não tem qualquer influência sobre o valor da Alma. Não pode ser falsificado, trocado, parcialmente dado ou dado para receber. Mas irá receber, pois essa é a natureza do perdão. É a natureza da vida. Fonte: Jamye Price - Crystalline Soul Healing & Light Language Tradução: A Alquimia do Ser
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Margarida Estevam Costa
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April 2023
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