Quantos de nós ao longo de vários anos sentiram que faltava alguma coisa na sua vida? Ainda que não soubéssemos o quê, havia alguma “peça do puzzle” a faltar. Talvez tivéssemos a nossa vida preenchida, com família, amigos, amor, saúde, estabilidade financeira… ainda assim sentíamos um vazio, como se estivéssemos em “piloto automático” e vamos vivendo o dia-a-dia sem sentirmos cada instante. A vida não é (nem tem de ser) apenas nascer, ir à escola, trabalhar e um dia morrer. Há muito mais para além disso que, na maior parte das vezes, não nos permitimos ver. E começa a crescer uma insatisfação, uma tristeza e angústia por não sabermos muito bem como sair dessa engrenagem. E um dia chega um momento em que procuramos como preencher esse vazio e dar a volta à situação.
O que fazer? Inicia a demanda, a procura por respostas. Há o retirar da venda que estava a cobrir os nossos olhos e começamos a ver a realidade como ela é, e ela já não nos parece satisfazer, começamos a duvidar do rumo a seguir e de quem somos. Muitos são os passos a dar até chegarmos à perceção do Ser que existe dentro de nós, não é um caminho linear, mas necessário fazer, para que possamos ter a consciência de que somos seres espirituais a viver uma experiência terrena. Por isso temos de ter experiências, vivências diferentes que nos permitam evoluir, crescer e aprender as lições a que nos propusemos. Não viemos apenas sobreviver, viemos VIVER e SER. A forma de darmos o “salto” e encontrar a “peça do puzzle” em falta é olharmos para dentro. É aceitarmos quem somos, conhecermo-nos, amarmo-nos como somos. É assumirmos a Centelha Divina que existe dentro de nós e que viemos para sermos felizes e espalhar Amor ao nosso redor. Começamos a questionar se somos sempre honestos connosco mesmos e se somos coerentes ao nos expressarmos com os outros. Vivemos em harmonia com quem somos interiormente ou usamos uma máscara de conveniência para não destoarmos na sociedade? Precisamos aceitar a nossa Essência, quem somos REALMENTE, para assumirmos a nossa Essência e Energia para nós próprios e para os outros. Só desse modo nos vamos sentir inteiros, a viver em Verdade. Porque vamos estar conectados com o Ser que somos e isso permite-nos afirmar, como Fernando Pessoa um dia escreveu, “Hoje tomei a decisão de ser eu”. A partir do momento em que o fazemos, não há mais jogos, não há máscaras, existe apenas Verdade. Conexão com a Essência. Integração e aceitação do Ser que somos. Sentir a alegria e felicidade por sermos quem somos, por assumirmos os nossos valores, os nossos gostos e interesses, sem estarmos preocupados com o que os outros possam pensar. A opinião dos outros é isso mesmo… dos outros. Respeitamos, mas respeitamos muito mais aquilo que sentimos ser o nosso Caminho. Aquilo que honra o Ser que vibra dentro de nós. Ao estarmos em paz, tranquilidade e harmonia por sabermos quem somos e, mais importante, por o expressarmos livremente, fluímos na vida de uma forma natural, sem pressões, sem receios, sem angústias. Reconhecemos quando estamos no nosso Caminho e quando acontece darmos um passo fora do trilho, reajustamos a direção para voltamos a estar alinhados. Temos a confiança interior de saber que é assim que somos felizes, que só assim faz sentido. Viver em Verdade, assumindo a Essência, sendo o Ser que na realidade somos…Ao estarmos em paz, tranquilidade e harmonia por sabermos quem somos e, mais importante, por o expressarmos livremente, fluímos na vida de uma forma natural, sem pressões, sem receios, sem angústias. Reconhecemos quando estamos no nosso Caminho e quando acontece darmos um passo fora do trilho, reajustamos a direção para voltamos a estar alinhados. Temos a confiança interior de saber que é assim que somos felizes, que só assim faz sentido. Viver em Verdade, assumindo a Essência, sendo o Ser que na realidade somos… Artigo publicado na Revista Portugal Holístico, edição de Dezembro 2018.
2 Comments
Isabel Rute
2/12/2018 19:07:09
Adorei Margarida. Grata
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Margarida Estevam Costa
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